REDESCOBRINDO A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE PRIVACIDADE: MAIS DE 70 ANOS E UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA

Autores

  • Camila Kohn de Cristo
  • Mateus Stallivieri da Costa
  • José Sérgio da Silva Cristóvam

DOI:

https://doi.org/10.14295/revistadaesmesc.v27i33.p365

Palavras-chave:

Direito à privacidade, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Direito de personalidade, Sociedade líquida.

Resumo

O artigo debate o papel da Declaração Universal dos Direitos Humanos no tocante à proteção da privacidade no período atual. Objetivando-se entender o fenômeno da tutela e do direito da privacidade em uma sociedade altamente conectada, realiza-se uma revisão bibliográfica por meio de pesquisa teórica, descritiva e qualitativa, adotando o método dedutivo. Com o questionamento quanto à possibilidade de a privacidade estar se extinguindo na modernidade, o artigo se estrutura a partir de uma análise do histórico da temática. O estudo constata que, inicialmente, a tutela da privacidade era atrelada a outros direitos, como à propriedade e, posteriormente, à honra, atingindo apenas, mais modernamente, uma independência. Apesar de surgir como um direito burguês e de natureza liberal, evoluiu para uma construção social, influenciada fortemente pela própria Declaração Universal dos Direitos Humanos. A necessidade de internalização do direito nos regimes jurídicos nacionais permite uma atualização constante, algo que não é diferente no Brasil, que constitucionalizou o tema e expandiu a tutela por meio de diferentes normativas. Por fim, a pesquisa permite concluir que o direito à privacidade não está em extinção ou mesmo se esvaindo, na realidade ele permanece em constante adaptação, exigindo do legislador e do intérprete atualizações que garantam a sua tutela.

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Biografia do Autor

Camila Kohn de Cristo

Mestranda em Direito pelo PPGD/UFSC. Pós-Graduanda na Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (ESMESC). Bacharela em Direito pelo CCJ/UFSC.

Mateus Stallivieri da Costa

Mestre em Direito pelo PPGD/UFSC. Pós-Graduando em Direito Urbanístico e Ambiental pelo Instituto IbMec-SP. Pós-Graduado em Direitos e Negócios Imobiliários pelo Instituto IbMec-SP. Bacharel em Direito pelo CCJ/UFSC. Membro do Grupo de Estudos em Direito Público (GEDIP/CCJ/UFSC). Advogado em Santa Catarina

José Sérgio da Silva Cristóvam

Professor Adjunto de Direito Administrativo (Graduação, Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Subcoordenador do PPGD/UFSC. Doutor em Direito Administrativo pela UFSC (2014), com estágio de Doutoramento Sanduíche junto à Universidade de Lisboa – Portugal (2012). Mestre em Direito Constitucional pela UFSC (2005). Membro-fundador e Diretor Acadêmico do Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina (IDASC). Conselheiro Federal da OAB/SC. Presidente da Comissão Especial de Direito Administrativo da OAB Nacional. Coordenador do Grupo de Estudos em Direito Público do CCJ/UFSC (GEDIP/CCJ/UFSC).

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Publicado

2020-11-11

Como Citar

Cristo, C. K. de, Costa, M. S. da, & Cristóvam, J. S. da S. (2020). REDESCOBRINDO A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE PRIVACIDADE: MAIS DE 70 ANOS E UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA. Revista Da ESMESC, 27(33), 365–388. https://doi.org/10.14295/revistadaesmesc.v27i33.p365

Edição

Seção

ARTIGOS